O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) promovem nesta quinta-feira (25), em São Paulo, debate sobre a importância dos inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE) para as indústrias. O evento abre o circuito de capacitação sobre a plataforma SIRENE Organizacionais, o módulo corporativo do Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE), que vai receber os inventários organizacionais.
O evento é dirigido para a esfera gerencial das áreas de sustentabilidade das organizações, especialmente as indústrias do estado de São Paulo, tem por objetivo promover o engajamento das organizações na utilização da plataforma e otimizar esforços em torno da melhoria da qualidade das informações e dados relatados nos inventários de emissões de GEE elaborados pelas organizações.
Inventários são ferramentas fundamentais para que as organizações conheçam o perfil de emissões, e a partir disso, elaborar metas climáticas, que contribuam com o compromisso global de descarbonização global.
A programação do evento prevê painéis com apresentação de estudos de caso de empresas que contabilizam emissões indiretas, chamadas tecnicamente de Escopo 3, abrangendo toda a cadeia de fornecimento. Serão apresentadas boas práticas, desafios envolvidos e aprimoramentos na elaboração de inventários organizacionais. A discussão vai envolver representantes de associações setoriais que poderão ser afetadas por regras internacionais de taxação de carbono de fronteira.
Além de coordenar o ciclo de capacitação e engajamento dos atores do grupo de trabalho sobre inventários organizacionais no âmbito do Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono (CTIBC), MCTI e CNI firmaram um Acordo de Cooperação Técnica com objetivo de capacitar a indústria em torno da utilização da plataforma.
Sobre o SIRENE Organizacionais
Trata-se de ferramenta pública e gratuita do governo federal que vai receber os relatos voluntários de inventários de emissões de gases efeito estufa (GEE) de organizações públicas, privadas ou do terceiro setor de todos os segmentos econômicos. A iniciativa, pioneira no âmbito federal, contribuirá para o engajamento das organizações em torno da ambição climática brasileira. A ferramenta foi desenvolvida com a finalidade de dar visibilidade e transparência, ampliando o Sistema de Mensuração, Relato e Verificação (MRV) nacional e considerando a experiência das iniciativas brasileiras já existentes.
