Altair Silva, secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de SC. Divulgação / SAR.

Nesta terça-feira (09), a Aliança Láctea Sul Brasileira, na qual fazem parte as lideranças do setor produtivo de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, se reuniram de forma online para discutir alternativas de redução dos custos da produção de leite na região. Os produtores enfrentam ainda a preocupação com a quebra na safra de milho e os preços elevados do insumo.

Em Santa Catarina,  a estiagem prolongada e a cigarrinha do milho contribuem para uma redução de 20% na safra do grão. O estado espera colher 2,2 milhões de toneladas e importar mais de cinco milhões de toneladas de milho em 2021. Para o secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, chegou o momento de investir em alternativas como a produção de cereais de inverno.

A produção de grãos de inverno também está sendo pensada como opção para abastecer o setor produtivo de carnes do Rio Grande do Sul. O Paraná, que até pouco tempo atrás era autossuficiente na produção de milho, também espera uma safra menor devido à queda na produtividade por questões climáticas e sanitárias.

Desafios e oportunidades para o setor lácteo

Durante o encontro da Aliança Láctea, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo, apresentou um panorama e os principais gargalos e oportunidades para o setor produtivo. Entre os desafios estão os preços pouco competitivos, qualidade da matéria-prima, carência de políticas públicas direcionadas ao setor e baixa coordenação da cadeia produtiva. Segundo o especialista, a cadeia produtiva de lácteos deve focar nas preferências do consumidor, em especial à rastreabilidade completa, bem-estar animal e o cuidado com a comunidade.

Santa Catarina é o quarto maior estado produtor de leite no país. Um dos grandes diferenciais do agronegócio catarinense é o cuidado extremo com a saúde animal, pois é o único estado no país certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação e, no último ano, foi reconhecido com a menor prevalência de brucelose animal no país.

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