Em um ano de implementação do 5G no Brasil, a área de cobertura disponível para instalação da tecnologia já beneficia mais de 141 milhões de brasileiros (66,4% da população). É o caso do Alan Costa, que trabalha em uma agência de publicidade em Brasília (DF). “Utilizo efetivamente o 5G no meu celular. A nova tecnologia permitiu uma maior agilidade nas demandas diárias da agência”, conta o publicitário. Brasília foi a primeira cidade do país a ter a tecnologia da quinta geração de redes móveis liberada e, em seguida, todas as capitais do país passaram a disponibilizar o 5G para os cidadãos. Hoje, 753 municípios estão com a cobertura disponível sendo utilizada e beneficiando 46% dos brasileiros.
“Nós atingimos a meta estabelecida para o primeiro semestre de 2023 antes do prazo final e estamos trabalhando para antecipar mais compromissos do Leilão do 5G. Precisamos entregar à população uma cobertura de banda larga móvel de qualidade e que alcance as regiões mais distantes do Brasil, cumprindo a prioridade estabelecida pelo presidente Lula de promover inclusão digital e social de todos os brasileiros”, afirma o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
Seguindo as metas estabelecidas pelo Leilão do 5G, a limpeza da Faixa de 3,5 GHz já ocorreu em 26 municípios com mais de 500 mil habitantes e regiões metropolitanas e 1.103 cidades com mais de 200 mil habitantes e regiões metropolitanas. No total, 1.610 municípios foram contemplados, sendo 126 na Região Norte, 290 no Nordeste, 140 no Centro-Oeste, 561 no Sudeste e 493 na Região Sul.
Atualmente, o Brasil conta com mais de 12 mil estações de quinta geração instaladas. É considerada a maior rede do mundo de 5G standalone, padrão que oferece ao usuário melhor experiência no uso da internet móvel. A chegada do 5G no país movimenta negócios em diversas áreas, como inteligência artificial, processamento de dados, metaverso, e-commerce, indústria, logística, transporte, saúde, educação e agronegócio.
COMPROMISSOS – O Leilão do 5G estabeleceu uma série de compromissos que precisam ser seguidos pelas operadoras. Dentre eles está o investimento de R$ 3,1 bilhões para levar conectividade às escolas públicas de educação básica, com a qualidade e velocidade necessárias para o uso pedagógico. As rodovias federais que cortam o país também estão entre as prioridades e as operadores precisam atender 2.349 trechos de rodovia com 4G (totalizando 35.784 Km).
Para 2023, as empresas de telecomunicações também devem ampliar a quantidade de antenas nas capitais e no Distrito Federal, bem como implantar backhaul de fibra óptica em, pelo menos, 202 municípios dos 530 estabelecidos pelo cronograma. Além disso, 40% das 625 localidades (Faixa de 700 MHz) definidas e 10% de 6.805 localidades (Faixa de 2,3 GHz) deverão estar com a tecnologia 4G ou superior.
A execução desses e vários outros compromissos do Leilão do 5G, que vencem de forma escalonada, são fiscalizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A liberação da faixa não implica na instalação imediata das redes do 5G nas localidades, pois, de acordo com o edital, os compromissos estão programados para vencer a partir de 2025. A instalação antecipada de estações do 5G nessas cidades depende do planejamento e interesse de cada prestadora.
TV DIGITAL – O atendimento às famílias de baixa renda que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) também está dentro dos compromissos do Leilão do 5G. Entre as contrapartidas previstas consta a distribuição gratuita de kits com antena parabólica digital. Em todo o Brasil, mais de 500 mil famílias de 1.610 municípios já foram beneficiadas com a troca dos equipamentos antigos.
A substituição é necessária porque, em breve, as parabólicas tradicionais que operam na faixa de 3,5 GHz deixarão de funcionar para que o 5G seja implantado. O modelo antigo sofre com interferência do sinal 5G, já que os dois utilizam a mesma frequência.
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