Setor têxtil debate formas de adesão à economia circular

26.03.2024.

Otimizar processos, reduzir o desperdício e reaproveitar materiais são tarefas do setor têxtil. (Foto: Freepik/sanivpetro)

O setor têxtil mundial enfrenta um dos seus principais desafios, se tornar mais sustentável em meio a mudanças não só nos hábitos do consumidor mas na legislação e regulação, que têm imposto práticas que priorizam o uso racional dos recursos e a redução dos resíduos.

Como integrantes de uma das principais cadeias têxteis do planeta, as indústrias têxteis, de confecções, de couros e de calçados de Santa Catarina discutiram nesta quinta-feira (21), em evento organizado pela câmara de Desenvolvimento do setor, como a adoção da Economia Circular pode contribuir para vencer esses desafios. O Instituto SENAI em Tecnologia Têxtil, Vestuário e Design apresentou soluções para a indústria no tratamento e reaproveitamento de resíduos.

O presidente da câmara setorial, Giuliano Donini, destacou que a Economia Circular é uma jornada para o setor têxtil e de vestuário. “É um caminho, não o fim. Temos desafios inerentes ao nosso negócio, que muitas vezes é visto sob uma ótica negativa especialmente na questão ambiental e de relações do trabalho. Adotar práticas da Economia Circular pode contribuir para melhorar nosso diálogo com a sociedade e a imagem do segmento”, destacou.

O evento trouxe a experiência europeia na adoção de práticas e conceitos da Economia Circular no setor têxtil, com a apresentação de Raul Fangueiro, presidente da Fibrenamics. “Precisamos pensar o negócio com uma abordagem de desperdício zero, de melhora do desempenho com menos recursos. A moda descartável está fora de moda. Precisamos nos preocupar em como lidar com um consumidor que vai pensar cada vez mais antes de comprar”, salientou.

Uma alternativa para tornar a moda mais sustentável, segundo ele, é pensar no ciclo de vida do produto desde o seu desenvolvimento. “O EcoDesign é uma alternativa que as empresas precisam adotar. Será necessário desenvolver produtos mais duradouros, mais naturais e com possibilidade de reuso e reciclagem”, afirmou Fangueiro.

Para a Mayra Montel, executiva da CHT Brasil Química, o maior desafio é repensar o modelo de negócio. “Precisamos mudar nosso mindset, transformar o processo de produção. Para isso, o planejamento, a colaboração e a inovação são essenciais”, avaliou.

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