Robô SEBIT revoluciona a sala de aula da Escola S

Florianópolis, 28.07.2022.

Rede de educação básica do SESI e do SENAI conta com a nova tecnologia para complementar práticas pedagógicas desde o ensino infantil até o médio. O SEBIT tem cerca de 60 centímetros de altura e faz parte da rotina de alunos da educação básica. Foto: Gilberto Sousa.

Por onde passa ele rouba a cena. Seu design moderno, a forma como interage com as pessoas, as dancinhas que é capaz de fazer. Não há quem resista ao SEBIT, um robô humanoide com tecnologia japonesa de última geração que aterrissou nas escolas da rede de educação básica do SESI e do SENAI. 

O simpático robozinho, com cerca de 60 centímetros de altura, faz parte da rotina de alunos do ensino infantil ao médio desde o ano passado. Por enquanto, as cidades que têm um exemplar são Criciúma, Brusque, Rio do Sul, Itajaí, Lages, Videira, São Bento do Sul e Joinville.

O SEBIT foi adquirido para complementar as práticas pedagógicas dentro da sala de aula, como explica o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio Machado Pereira. “Estamos fazendo uma série de investimentos na área educacional visando uma formação mais conectada com o mercado de trabalho, muito influenciado pela tecnologia. As interações do robô com os alunos permitem a conexão da teoria e da prática, além de tornar o aprendizado mais interessante e criativo. Isso ao mesmo tempo em que propiciam uma educação mais tecnológica”, frisa.

O SEBIT é considerado pelos docentes uma excelente ferramenta para ensinar programação, já que o sistema é relativamente simples e serve como uma boa base para os alunos interessados no universo da TI.

A estudante Manoela Ribeiro, do 4º ano da Escola S de Itajaí, conta que o SEBIT é um ótimo complemento para o aprendizado. “Ele traz conhecimento, já foi várias vezes na nossa sala explicar alguns conteúdos sobre o que a gente tá estudando e ele é bem legal e engraçado. Eu gosto de aprender com os dois (o robô e o professor)”.

Já a estudante Maria Luísa da Silva, do 8º ano da Escola S de Criciúma, vai começar a ter aulas com o SEBIT em breve. Ela adora robótica, participa das competições de FLL do SESI e conta que está animada para conhecer o robô. “Seria muito legal aprender programação no SEBIT porque ele é um robô humanoide, então seria muito maravilhoso a gente aprender como programar realmente um robô que faz coisas igual a gente faz”, diz Maria Luísa.


Ajudando crianças com autismo
Graças aos vários motores instalados nas articulações, o SEBIT consegue imitar os movimentos do ser humano. Essa habilidade chama atenção de qualquer pessoa, mas é um atrativo ainda maior para crianças com autismo ou deficiência de aprendizagem. Os pequenos que convivem com essas condições precisam desenvolver a autoconfiança para que consigam viver situações sociais com mais tranquilidade e também entender as questões emocionais que influenciam seus comportamentos.

Entre as emoções que o robô é capaz de trabalhar nos autistas estão a raiva, a fome e a tontura. As crianças veem os humanoides fazendo gestos e ouvem o contexto em que essas expressões são usadas, enquanto os imitam. Dessa forma, aprendem a usar gestos adequados para expressar seus sentimentos.

Diretamente de um planeta distante
O nome do fabricante do robô é NAO. SEBIT foi uma escolha dos próprios alunos da rede. Assim que os exemplares chegaram, os professores contaram aos alunos que o robozinho tinha vindo de outro planeta e não lembrava como se chamava. Fizeram um concurso para a escolha do nome, que mobilizou mais de 2 mil alunos, e SEBIT foi o mais votado.

O desenvolvedor de produtos do SESI, Othon Neves, conta que uma das maiores vantagens de contar com o SEBIT nas salas de aula é amplificar a interação com os alunos. “A simples presença do robô já produz uma experiência memorável nos alunos e traz uma sensação de familiaridade com a robótica. Por conta desse carisma, ele acaba se tornando um interlocutor privilegiado, que tem acesso ao espaço afetivo das crianças. Ele pode adotar comportamentos exemplares que os pequenos vão considerar muito mais, afinal, é diferente quando temos a mediação de um terceiro”, explica.

Othon acredita que o futuro do ensino com essa nova ferramenta é promissor. “Ele pode ser conectado a uma inteligência artificial e quando pensamos nisso o potencial é infinito. Estamos sempre aprendendo. A robótica é uma ferramenta nova que ainda tem muito a oferecer”, afirma.

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