Petróleo e gás da União serão vendidos em leilões da B3 pelos próximos três anos

06.05.2024.

Estatal que gere os contratos de partilha de produção, PPSA contratou a bolsa de valores para comercializar as cargas. Tauan Alencar/MME

A Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), contratou a B3, em São Paulo, para a realização de leilões, ao longo dos próximos três anos, para comercializar as parcelas de petróleo e gás natural da União nos contratos de partilha de produção e na Jazida Unitizada de Tupi.

A empresa está definindo junto ao MME um calendário de leilões de petróleo para dar melhor previsibilidade para o mercado. Os dois primeiros leilões para a venda do óleo da União estão previstos para julho de 2024 e abril de 2025. Os demais estão programados a partir do quarto trimestre de 2025. Um leilão exclusivo de gás, ainda em avaliação, não tem previsão de data.

Para o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, os recursos do óleo e gás da União são fundamentais para assegurar investimentos em saúde, educação e na transição energética, por meio do Fundo Social.

“Essa é mais uma inovação importante que a PPSA vem adotando para agregar cada vez mais valor ao petróleo e ao gás da União. Espero que, num futuro próximo, nós possamos processar essas cargas em refinarias, transformando esse produto bruto em gasolina, diesel, GLP e querosene de aviação, aumentando a nossa independência e soberania energética, em benefício de milhões de brasileiras e brasileiros”, afirmou o ministro Alexandre Silveira.

Segundo Tabita Loureiro, Diretora Técnica e Presidente Interina da PPSA, o leilão de julho comercializará as cargas de Mero e Búzios de 2025, cujos contratos de compra e venda de petróleo vencem em dezembro deste ano. O edital com todas as informações do leilão será lançado em maio.

“Quanto ao cronograma de leilões, estamos definindo os volumes de óleo que iremos disponibilizar em cada um dos certames. Sabemos que a curva da União é crescente e por isso decidimos estabelecer um calendário para oferecer previsibilidade aos compradores. Entendemos que essa estratégia poderá resultar em maior competitividade e melhores resultados para a União”, disse ela, que está em Houston, na Offshore Technology Conference, onde falará na quarta-feira sobre as perspectivas do setor offshore no Brasil.

Projeções otimistas

A partir de 2029, as projeções apontam para uma produção diária da União com potencial para atingir mais de 500 mil barris de petróleo por dia. A curva de produção de petróleo e gás natural da União dará um salto nos próximos anos. Segundo as estimativas, a produção de petróleo passará dos atuais 50 mil barris por dia (bpd) para 103 mil bpd em 2025, 234 mil bpd em 2026, 327 mil bpd em 2027, 417 mil bpd em 2028 e chegando ao pico de 564 mil bpd em 2029. A curva do gás natural também é ascendente a partir de 2027, quando chega a 1,7 milhão de m³. Em 2028, deve chegar a 2,9 milhões de m³ e, em 2029, a 3,5 milhões de m³/dia.

A PPSA já realizou, anteriormente, três leilões de petróleo na B3. No último, em novembro de 2021, foram comercializadas as produções da União de longo prazo de Mero, Búzios, Sapinhoá e Tupi. Mero e Búzios foram vendidos com contratos de três anos e os demais, de cinco anos. Desde então, a União passou a contar também com produção de petróleo em Sépia e Atapu, que estão sendo comercializadas por meio de consulta direta ao mercado.

Apenas em 2024, a PPSA adotou uma série de iniciativas que valorizam o petróleo da União. Até então, a prática mais comum era a venda da commodity na “cabeça do poço”, ou seja diretamente dos locais de exploração ao comprador interessado, adotando um modelo de preços estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A estatal passou a adotar a cotação do Brent, um dos principais indicadores internacionais para o preço do petróleo, e comercializou uma carga diretamente para a refinaria de Mataripe – foi a primeira vez que o produto foi vendido tendo como destino direto o refino.

Com informações da Assessoria Especial de Comunicação Social – MME

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