Movimento Pró-Ferrovias busca apoio em Brasília para viabilizar projetos

05.05.2024.

Reunião na Câmara Setorial de Milho e Sorgo do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)

Com o propósito de sensibilizar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Ministério de Transportes sobre a urgência do modal ferroviário no Sul do Brasil, representantes do Movimento Pró-Ferrovias, participaram de reuniões em Brasília, na última quarta-feira (3).

O primeiro compromisso reuniu o diretor de ferrovias da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC)Lenoir Broch, e o diretor executivo da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (SINDICARNE)Jorge Luiz De Lima, a convite do presidente do Câmara Setorial de Milho e Sorgo do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e vice-presidente de secretaria da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC)Enori BarbieriA temática foi a Nova Ferroeste, que ligará Maracaju (MS) a Chapecó (SC), passando pelo Paraná. O projeto está em fase avançada de negociações e o leilão do projeto deve ser realizado em breve pelo Ministério dos Transportes, segundo Barbieri.

“A relevância desta ferrovia para Santa Catarina é inegável, uma vez que o futuro da agroindústria catarinense está intrinsecamente ligado à importação de milho do Centro-Oeste. Esse insumo é fundamental para a transformação de milho e soja em proteína animal, impulsionando a produção de suínos e aves. Tanto para o estado catarinense quanto para o Rio Grande do Sul, que também enfrenta déficits de milho, dependem dessa conexão ferroviária para garantir o abastecimento,” explicou o presidente da Câmara destacando que sem as ferrovias o crescimento atual, especialmente na produção voltada para exportação, fica comprometido.

Santa Catarina e Rio Grande do Sul já enfrentam um déficit significativo na produção de milho, com necessidade crescente de importação. O estado paranaense, que consome 20 milhões de toneladas do grão, em breve precisará importar devido ao rápido crescimento da avicultura e suinocultura na região. 

Na oportunidade, um documento para agilizar o leilão da Nova Ferroeste foi entregue à Câmara e seguirá o protocolo para chegar às mãos do ministro. Há uma expectativa de que o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, se manifeste a favor da intervenção do Ministério da Agricultura junto ao Ministério dos Transportes.

“Nós frisamos que ferrovia é uma necessidade não só para a região oeste catarinense, mas para todo o Sul do Brasil,” salientou Lenoir Broch.  “Durante a reunião, apresentamos a trajetória do movimento em prol das ferrovias, evidenciando as oito entidades participantes. Exibimos informações cruciais, como o volume diário de abate de aves e suínos, a presença de caminhões nas vias e o total de carga transportada.” Broch ainda relatou que foi apresentado o Produto Interno Bruto (PIB) da região oeste de Santa Catarina e sua relevância para o Sul, enfatizando as principais atividades econômicas.

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