Consolidar carreiras no mercado de trabalho é desafio para pessoas com deficiência

19.04.2024.

Tema foi debatido em evento sobre inclusão na Federação das Indústrias (FIESC); participaram indústrias, especialistas e representantes da Justiça e órgãos de controle. Foto: Fabricio Almeida

Além de oportunizar acesso ao mercado de trabalho para pessoas com deficiência, o setor produtivo tem o desafio de oferecer um plano de carreira. Quem afirma isto é a jornalista Flavia Cintra, a primeira repórter de televisão cadeirante no Brasil. Ela participou nesta quinta-feira (18) do IncluTech, evento realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) que reuniu especialistas e lideranças para debater inclusão no mercado de trabalho. 

A jornalista destacou que o trabalho é um meio de realizar sonhos e pessoas com deficiência estão cada vez mais qualificadas. “Temos universidades entregando para o mercado centenas de profissionais todos os anos. Mas cadê o protagonismo destas pessoas? Está na hora de fazer parte da mesa de decisão, é aí que vira a chave”, salientou Flavia, afirmando ainda que, sem as pessoas com deficiência na tomada de decisão, pessoas sem deficiência continuarão decidindo o que consideram ser melhor para as pessoas com deficiência.

“Quando a gente está fazendo junto, a gente acelera esse movimento e ele se reverte em lucro financeiro, institucional, em felicidade, que é o ativo mais buscado pelas empresas hoje. Equipes mas felizes, com qualidade de vida, entregam mais, são mais criativas e resolutivas e essa diversidade de pensamento é fundamental neste processo”, assegurou a jornalista.

Inclusão no mercado de trabalho

Incluir as pessoas com deficiência é uma questão legal, humana e ética, frisou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “Mas é também uma oportunidade para as organizações pois, cada vez mais, a diversidade é percebida como um diferencial na solução de temas críticos que as empresas e a sociedade enfrentam”, disse.

Por isso, o acesso ao mercado de trabalho é uma agenda central para a indústria. “O trabalho gera dignidade. Assim, além de criar as condições para que as pessoas com deficiência possam trabalhar, é necessário garantir que possam desenvolver suas competências e seu potencial”, lembrou Aguiar.

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