Lucro líquido da ENGIE Brasil Energia cresce 36,7% no 1º trimestre

Florianópolis, 09.05.2023.

Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da ENGIE Brasil Energia.

A ENGIE Brasil Energia (EGIE3) registrou lucro líquido no 1T23 de R$ 882 milhões, valor 36,7% (R$ 237 milhões) acima do alcançado no 1T22. Já o Ebitda registrado no 1T23 foi de R$ 2,1 bilhões, aumento de 9,1% (R$ 173 milhões) em comparação ao mesmo período do ano passado, enquanto a margem Ebitda foi de 70,9%, acréscimo de 9,1 p.p. em relação ao 1T22.

O preço médio dos contratos de venda de energia, líquido dos tributos sobre a receita e das operações de trading, foi de R$ 229,4/MWh, valor 3,1% superior ao registrado no 1T22. A elevação é fruto da correção monetária dos contratos vigentes e da aquisição dos Conjuntos Fotovoltaicos Paracatu e Floresta, ativos com energia contratada a preços superiores à média do restante do portfólio. O efeito foi atenuado pelo impacto do menor Preço de Liquidação de Diferenças nas transações de curto prazo. A quantidade de energia vendida no 1T23, sem considerar as operações de trading, foi de 9.380 GWh (4.343 MW médios), volume 1,0% superior ao comercializado no 1T22.

No trimestre, o resultado líquido decorrente de transações de curto prazo — em especial as realizadas no âmbito da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia) — foi positivo em R$ 81 milhões. A variação de R$ 37 milhões em relação ao ano anterior foi consequência, principalmente, da redução de energia livre devido à estratégia de sazonalização, atenuada pela variação positiva do PLD; pelo impacto positivo do Fator de Ajuste do MRE (GSF); pela exportação de vertimento turbinável, ou seja, a energia não utilizada para atendimento do Sistema Interligado Nacional (SIN), e que seria desperdiçada, foi direcionada à nova transação comercial com países vizinhos.

Com cerca de 65% das receitas totais vinculadas à negócios regulados (ACR) e 35% ao mercado livre de energia (ACL), a Companhia manteve estratégia de contratação conservadora, com diversificação e prazo médio de cerca de 16 anos no ACR e de 4 anos no ACL.

“A nossa gestão do portfólio, que conta com significativa base de ativos e diferentes tecnologias, assegurou alto nível de contratação, o que se traduz em estabilidade e previsibilidade dos resultados em períodos de maior volatilidade. Também seguimos atentos às mudanças no ambiente regulatório que podem abrir oportunidades relevantes para o setor elétrico, tais como a nova possibilidade de exportação comercial de energia elétrica a partir de usinas hidrelétricas, fortalecendo a integração energética na América do Sul”, comenta Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da ENGIE Brasil Energia.

Segmento de transmissão

No trimestre, R$ 69 milhões em investimentos foram concentrados no projeto Novo Estado Transmissora de Energia, que possui 3.634 torres instaladas ao longo de 1.800 quilômetros entre os Estados de Tocantins e Pará, o qual foi concluído em fevereiro; e R$ 2 milhões na conclusão das obras do Sistema de Transmissão Gralha Azul, com 900 quilômetros de linhas localizadas no Paraná. Ambos os projetos foram finalizados antes do prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e estão atingindo índices elevados de disponibilidade (99,99%).

“A conclusão desses sistemas consolida nossa posição de diversificação de ativos, o que nos configura como uma plataforma de investimentos em infraestrutura e energia no Brasil. Além disso, demonstram o comprometimento com o nosso propósito de agir para acelerar a transição energética de forma justa e acessível, possibilitando o escoamento da energia limpa com segurança e eficiência. Operamos, agora, linhas que além de transmitir energia, carregam consigo mais um estímulo ao desenvolvimento de regiões importantes do Brasil”, destaca Sattamini.

Energia limpa

O período foi marcado pelo início da operação comercial da primeira unidade geradora do Conjunto Eólico Santo Agostinho, em implantação nos municípios de Lajes e Pedro Avelino (RN). Até 4 de maio, três aerogeradores já iniciaram operação comercial. Durante o trimestre, foram investidos R$ 254 milhões no projeto. O progresso geral da obra está em 52,1% e o avanço do BoP (Balance of Plant, ou seja, todo o escopo do empreendimento excluindo os aerogeradores) atingiu 100%.

Em geração, o Conjunto Eólico Serra do Assuruá, em Gentio do Ouro (BA), recebeu investimento de R$ 48 milhões, e o Conjunto Fotovoltaico Assú Sol, em Assú (RN), de R$ 34 milhões. Somando-se os três empreendimentos em implantação, a ENGIE Brasil Energia tem mais 2 GW de capacidade instalada nos próximos anos, superando 10 GW de energia limpa no parque gerador.

Ainda, foram investidos R$ 2 milhões na Gavião Real Transmissora de Energia. Por fim, R$ 45 milhões foram destinados aos projetos de manutenção e revitalização do parque gerador e R$ 11 milhões para a modernização da Usina Hidrelétrica Salto Osório, cujo projeto foi finalizado em fevereiro.

Governança Corporativa

A agência de classificação de risco Fitch Ratings reafirmou os IDRs (Issuer Default Ratings ou Ratings de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira da ENGIE Brasil Energia em ‘BB’ (um nível acima do rating soberano) e do Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA (bra)’ da Companhia e das emissões de debêntures seniores sem garantias. A perspectiva dos ratings corporativos é estável.

“Sempre entregamos resultados consistentes, com a devida transparência, o que nos tem proporcionado o benefício de poder contar com um rating AAA há 11 anos seguidos, impulsionando um crescimento saudável e sustentável pela perspectiva financeira”, celebra Sattamini.

“O controle da dívida, gestão ativa dos custos do endividamento e decisões de investimentos acertadas garantem nível adequado da relação Dívida Líquida/Ebitda, que fica em 2,1x. Esse custo competitivo também é garantido pela qualidade de crédito que conquistamos a partir do reconhecimento do mercado à nossa solidez financeira, baseada em um perfil conservador e disciplinado”, acrescenta Sattamini.

Em 31 de março de 2023, a dívida bruta total consolidada, representada, principalmente, por empréstimos, financiamentos, debêntures e ações preferenciais resgatáveis, líquidas dos efeitos de operações de hedge, totalizava R$ 18,4 bilhões, com prazo médio de vencimento de 7,2 anos. A dívida líquida total é de R$ 15,2 bilhões.

Desempenho positivo das ações

As ações da ENGIE Brasil Energia registraram valorização de 6,1%, no 1T23, frente às desvalorizações de 4,9% e 7,2% do Índice do Setor de Energia Elétrica (IEEX) e do Ibovespa, respectivamente. O volume médio diário foi de R$ 73,1 milhões no 1T23, 38,3% acima do registrado no 1T22, quando atingiu R$ 55,0 milhões.

No último pregão de março, as ações da Companhia encerraram cotadas a R$ 40,17/ação, o que confere à Companhia valor de mercado de R$ 32,7 bilhões.

Relatório de Sustentabilidade

Em abril, foi lançado o Relatório de Sustentabilidade 2022, importante ferramenta de gestão e prestação de contas aos stakeholders sobre indicadores de desempenho econômico, operacional e socioambiental, que refletem a evolução da Companhia nos temas relevantes aos negócios e às diretrizes de ESG.

O documento está alinhado às diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI) e conta com a asseguração da Bureau Veritas. Nesta edição, os principais destaques foram: aprofundamento da Jornada pelo Clima da ENGIE Brasil Energia, contemplando estratégias de mitigação, adaptação e resiliência climática; investimentos em pessoas, tanto nas boas práticas voltadas aos colaboradores, quanto nas iniciativas junto às comunidades das quais faz parte.

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