FIESC lança hub para acelerar descarbonização na indústria de SC

03.04.2024.

Unidade de geração de energia por meio da produção de biogás. Foto: Geraldo Bubniak

Indústrias do mundo todo têm estabelecido metas que visam zerar a emissão de carbono. Para acelerar a descarbonização do setor em Santa Catarina, a Federação das Indústrias lança o Hub de Descarbonização FIESC, iniciativa inédita que visa mobilizar os setores produtivos, governo, universidades e centros de pesquisa. O programa será apresentado nesta quarta-feira, dia 3 de abril, durante o Radar Reinvenção, encontro realizado na sede da Federação, que vai abordar fundamentos e tendências da neoindustrialização.

Para o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, o assunto precisa estar no centro da agenda da indústria e do poder público. “Descarbonizar a indústria significa reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, contribuindo para mitigar as mudanças climáticas. É a transição para uma economia mais sustentável e queremos liderar esse processo”, destaca. “Ao mesmo tempo, a produção sustentável é cada vez mais fator essencial de competitividade no mercado global”, completa.

Empresas que investem em descarbonização muitas vezes encontram oportunidades de inovação, como o desenvolvimento de novas tecnologias e processos mais eficientes. Também é estratégia para cumprir normas impostas por regulamentações cada vez mais rígidas relacionadas às emissões de carbono. 

O Brasil está entre os países que assumiram no Acordo de Paris o compromisso de alcançar a neutralidade de emissões de carbono até 2050. 

Temáticas de atuação

O hub organizado pela FIESC atua na formação de pessoas, em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para o uso em escala e novos modelos sociais. O foco é descarbonizar arranjos produtivos. 

O primeiro programa já vem sendo conduzido na cadeia da proteína animal, explica o diretor regional do SENAI, Fabrizio Machado Pereira. O desafio é ter 100% dos dejetos suínos sendo aproveitados para a geração de biogás em Santa Catarina em dez anos. “É uma agenda permanente e novos integrantes vão sendo inseridos nos grupos de acordo com a adesão ao tema. Além disso, teremos frentes de trabalho em outras cadeias como carvão, cerâmica e plástico, têxtil, entre outros, permitindo que a descarbonização alcance diversos segmentos”, detalha. 

Outro papel do hub é direcionar ações que visam mensurar as emissões de gases de efeito estufa, mapear energias renováveis para nortear investimentos no estado e aferir o potencial de geração de créditos de carbono. Santa Catarina tem grande potencial para atuar neste mercado por conta das possibilidades de evitar emissões de gases de efeito estufa (GEE), seja substituindo combustíveis de base fóssil por renovável, ou removendo dióxido de carbono (CO2) da atmosfera por meio das áreas de florestas naturais ou plantadas.  

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