ENGIE Brasil Energia registra R$ 2,8 bilhões de lucro líquido ajustado em 2022, aumento de 16,7%

Florianópolis, 22.02.2023.

Com sede em Florianópolis, a ENGIE Brasil Energia (EGIE3) registrou lucro líquido ajustado no ano de 2022 de R$ 2,8 bilhões, valor 16,7% (R$ 395 milhões) acima do alcançado no ano de 2021. O Ebitda ajustado foi 3,8% menor do que no ano anterior, chegando a R$ 6,9 bilhões em 2022. Excluindo-se o reconhecimento da repactuação do risco hidrológico ocorrido em 2021, a elevação do lucro líquido foi de 109,6% e o incremento no Ebitda alcançou 23,4%.

“Em 2022, destacamos um cenário hidrológico favorável, possibilitando a sincronia entre a geração hidrelétrica, que é a bateria do nosso sistema, e a intermitência das fontes eólica e solar, em acelerada expansão de capacidade instalada no país em função dos subsídios ainda vigentes nestas fontes alternativas de energia”, diz Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da ENGIE Brasil Energia. “Mesmo que a boa hidrologia leve à queda dos preços de liquidação de energia no curto prazo, estamos muito bem-posicionados na gestão da contratação do portfólio, o que confere estabilidade aos nossos resultados”, conclui Sattamini.

A receita operacional líquida da Companhia superou R$ 11,9 bilhões no acumulado do ano, valor 5,1% abaixo do registrado em 2021, resultado da redução da receita de construção das linhas de transmissão, decorrente do avanço das obras, e de menor receita das operações de trading. Estes efeitos foram atenuados pelo aumento de 4,3% no volume de energia vendida (37.932 GWh, 4.330 MW médios), sem considerar as operações de trading, e também pelo maior preço médio de venda, que atingiu R$ 222,85/MWh em 2022, valor 11,5% superior ao registrado em 2021.

A elevação foi motivada pela atualização monetária dos contratos vigentes, pela redução dos ressarcimentos previstos nos contratos no ambiente regulado e pela aquisição dos Conjuntos Fotovoltaicos Floresta e Paracatu, ativos com energia contratada a preços superiores à média do restante do portfólio da Companhia. Estes efeitos foram parcialmente atenuados pela redução nos preços do mercado de curto prazo, em decorrência, principalmente, da melhor hidrologia.

Investimentos

Em 2022, a ENGIE investiu R$ 3,1 bilhões, divididos entre a aquisição de projetos de geração renovável, construção de novos projetos de transmissão e geração, e manutenção, revitalização e modernização do parque gerador.

No âmbito da geração, a implantação do Complexo Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, chegou ao final de 2022 em estágio avançado e deve entrar gradualmente em operação a partir do 1T23. O crescimento em renováveis se fortaleceu ainda com o anúncio do início da implantação de outros dois projetos da ENGIE Brasil Energia no país. O primeiro é o Conjunto Eólico Serra do Assuruá, localizado em Gentio do Ouro (BA), com 846 MW de capacidade instalada e investimento da ordem de R$ 6 bilhões. O segundo é o Conjunto Fotovoltaico Assú Sol, em Assú (RN), que terá 752 MW de capacidade instalada e investimentos de R$ 3,3 bilhões, situado em área contígua às usinas fotovoltaicas que a Companhia já opera no município.

“Esses dois novos empreendimentos representam os maiores projetos eólico e fotovoltaico, respectivamente, já implantados pelo Grupo ENGIE no Brasil. Em curto prazo, considerando Santo Agostinho, Serra do Assuruá e Assu Sol, ultrapassaremos 2 GW de capacidade renovável instalada em implantação, o que reflete a evolução das nossas competências e a total confiança na capacidade de nossas equipes para executá-los com excelência, aliando qualificação técnica às boas práticas socioambientais na implantação de projetos”, complementa Sattamini.

Já no Norte do país, o Sistema de Transmissão Novo Estado avançou à fase final de construção, para entrar em operação integral no 1T23, com a energização total dos 1,8 mil quilômetros de linhas e operação de subestações nos estados do Tocantins e Pará.

A partir do 1T23, também será iniciada a implantação do projeto Gavião Real, integrado ao sistema Novo Estado, e que é composto pela ampliação da Subestação Itacaiúnas, com implantação de dois transformadores 230/138kV e novo pátio de 138 kV para atendimento da rede de distribuição de energia do estado do Pará. O prazo limite para o início da operação da linha de transmissão é 30 de março de 2026, mas a ENGIE visualiza antecipação desse prazo em ao menos 24 meses, além de uma redução de capex da ordem de 30% sobre o investimento previsto pela Aneel.

Desempenho Operacional

No segmento de Geração, considerando todas as paradas programadas e forçadas, as usinas operadas pela ENGIE Brasil Energia atingiram índice de disponibilidade de 92,5%, sendo 95,2% nas usinas hidrelétricas, 88,4% nas usinas de fontes complementares e 48,3% na Usina Termelétrica Pampa Sul.

A geração global das usinas operadas pela Companhia em 2022 foi de 43.912 GWh (5.013 MW médios), resultando em uma produção 28,3% superior ao ano de 2021, quando o total gerado foi de 34.217 GWh (3.906 MW médios), desconsiderando-se a geração do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em razão da sua venda, em outubro de 2021.

Na Transmissão, os sistemas Gralha Azul e Novo Estado também apresentaram alto desempenho operacional em 2022, com um índice de disponibilidade total de 99,97%. Os ativos entraram em operação comercial de maneira gradativa ao longo de 2021 e 2022, e terão sua integração concluída no início de 2023, quando o restante das linhas de transmissão e subestações entrarão em operação.

Presença no ISE pelo 18º ano consecutivo

Em 2022, pelo 18º ano consecutivo, a ENGIE Brasil Energia teve mais uma vez suas ações incluídas nos Índices de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão S.A. A Companhia teve peso de 2,3% da carteira, listada na 10ª posição geral, dentre as 70 componentes, sendo a representante do setor elétrico com maior participação no Índice.

O ISE ainda considera na composição do score o desempenho no CDP (antigo Carbon Disclosure Project), incorporando à análise informações sobre a dimensão de mudanças climáticas. A ENGIE Brasil Energia, em 2022, obteve a classificação “B” – terceira melhor pontuação -, no primeiro reporte sobre sua gestão de carbono ao CDP divulgado em dezembro.

A Companhia também foi selecionada para compor a nova carteira do Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3, pelo terceiro ano. O Índice tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudanças do clima no Brasil. As empresas incluídas no ICO2 são participantes do IBrX 100 e demonstram seu compromisso com o meio ambiente e transparência nas emissões, além de antecipar a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.

“Ser parte do ICO2 demonstra que nossa atuação e transparência no tema estão no caminho certo. Em 2023 devemos atingir um importante marco em nossa trajetória de baixo carbono, ao nos tornarmos um gerador 100% renovável. Continuaremos com o compromisso de envolver fornecedores e a sociedade como um todo nessa jornada”, completa Sattamini.

Em setembro de 2022, com a assinatura do contrato da Usina Termelétrica Pampa Sul, a Companhia deu um passo importante rumo à saída das operações a carvão no país. A partir da conclusão da transação, esperada para o primeiro semestre de 2023, a ENGIE garantirá um parque gerador 100% renovável no Brasil, desempenhando um importante papel para a estratégia global do Grupo.

Desde que decidiu descarbonizar seu portfólio de ativos no país, em 2016, a Companhia já direcionou mais de R$ 20 bilhões em investimentos para a ampliação de fontes diversificadas de energia limpa e infraestrutura de transmissão.

Dividendos e juros sobre capital próprio

O Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos complementares no montante de R$ 1,455 bilhão. O total de proventos relativos a 2022 será equivalente a 100% do lucro líquido ajustado de 2022.

Desempenho das ações

No acumulado de 2022, as ações da ENGIE Brasil Energia registraram crescimento de 6,1%, enquanto o Índice do Setor de Energia Elétrica (IEEX) e o Ibovespa valorizaram 3,1% e 4,7%, respectivamente. No acumulado do ano de 2022, o volume médio diário de negociação alcançou R$ 66,8 milhões, acréscimo de 10,9% em relação ao ano de 2021.

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