Em documento ao ministro dos Transportes, FIESC defende investimentos prioritários

Florianópolis, 29.06.2023.

Ministro Renan Filho visitou obras do Contorno Viário de Florianópolis nesta terça-feira, dia 27 (foto: divulgação Arteris)

Em documento ao ministro dos Transportes, Renan Filho, e à bancada federal catarinense, a  Federação das Indústrias (FIESC) defende investimentos prioritários em obras rodoviárias e ferroviárias para o estado. No ofício, a FIESC destaca um conjunto de obras, tendo em vista o curto prazo e a Lei Orçamentária Anual 2023, mas também chama a atenção para a necessidade de garantir recursos para 2024 e os anos subsequentes. 

“Pedimos o seu apoio para estabelecer um grande esforço, por intermédio de um pacto, para os exercícios de 2024 e subsequentes. Entendemos ser essencial para que haja uma quebra de paradigma, com um choque de gestão de recursos e garantir a execução de obras. Essa estratégia exigirá o empenho e o compromisso do Fórum Parlamentar, do Poder Executivo e de todas as instâncias da sociedade catarinense”, afirma, no documento, o presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar.

Aguiar destaca, ainda, que esse compromisso tem a premissa de garantir a previsibilidade e a segurança nos investimentos sob a gestão do DNIT-SC. Além disso, é necessário fazer um cronograma de execução das obras, com previsibilidade, garantindo a capacidade de abrir frentes de trabalho, evitando as paralisações e a descontinuidade das obras. No ofício, a FIESC também destacou as demandas para serem incorporadas no Plano de Aceleração de Crescimento (PAC), que são estruturais e necessárias para dar maior eficiência e segurança às rodovias federais.  

De acordo com monitoramento da entidade, nos últimos 10 anos, dos valores anuais previstos em investimentos na infraestrutura de transportes catarinense, somente 51% foram efetivamente executados ou pagos. “Além desta preocupante constatação, é necessário enfatizar que os valores previstos, anualmente, em média, representaram somente 15% da demanda real, o que por si só justifica a crescente precariedade das nossas rodovias. O catarinense fica ainda mais perplexo com a situação quando convive com o grande paradoxo da desproporcionalidade entre o que arrecadamos de tributos federais e o retorno que recebemos da União”, declarou, lembrando que, em 2022, por exemplo, foram arrecadados R$ 107,3 bilhões, sendo que o estado recebe em retorno R$ 7,7 bilhões.

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