Aumento de custos é a principal dificuldade dos negócios catarinenses

Florianópolis, 07.12.2022.

Uma pesquisa do Observatório de Negócios do Sebrae/SC, realizada com 810 Micro e Pequenas Empresas catarinenses, entre 10 e 25 de outubro, avaliou o desempenho da atividade econômica do terceiro trimestre de 2022 (julho a setembro/2022) e as expectativas dos pequenos negócios para o quarto trimestre do ano. Apesar de menos intenso que o trimestre anterior, o aumento dos custos é a principal dificuldade para os pequenos negócios catarinenses, registrada por 26,5% dos empresários.

Além do aumento de custos, a queda nas vendas (21,5%), a conjuntura econômica desfavorável (20,5%) e a redução do poder aquisitivo (relatada por 16,8% dos PNE) aparecem no topo das principais dificuldades.

O cenário econômico, de continuidade do aumento de custos de produção, menor poder de compra da população (inflação acumulada e renda estagnada) e de baixo estímulo a compras (alta de juros), influenciou nos resultados dos pequenos negócios. Apenas 31% dos PNE catarinenses registraram aumento nas vendas no 3º trimestre em relação ao trimestre anterior.

Os que seguem aumentando as vendas atribuem isso a fatores externos, principalmente relacionados ao aumento de demanda (27%) e à mudança de comportamento do consumidor, no caso, o retorno à normalidade (26,5%). Fatores internos, como melhorias nos produtos, representam casos menos predominantes (13%).

Neste trimestre, também identificou-se a retomada do uso do marketplace por 18% dos empresários, apesar de ainda ser desconhecido para 39%. Contudo, as ferramentas com maior uso neste trimestre seguem sendo o WhatsApp para 82,7% e o Instagram para 82,5% dos empresários entrevistados.

Já em relação às compras, 29,5% dos empresários relataram aumento de compras, número semelhante ao aumento de  vendas, com registro de 30,7%, sugerindo que vendas de estoques inativos ou compras de estoques de antecipação não ocorreram na maioria das empresas no período analisado.

“Apesar de os resultados gerais terem se apresentado piores em relação ao trimestre anterior, o quantitativo de empresas que investiram no 3º trimestre de 2022 foi de 30%, praticamente igual ao trimestre anterior, mantendo-se acima das médias históricas, um indicador que demonstra confiança na melhora da economia. Já os investimentos estão concentrados na ampliação do estoque, na aquisição de maquinário e infraestrutura, na reforma do espaço físico e na compra de insumos e aumento da produção”, afirma o analista do Observatório de Negócios do Sebrae/SC, Claudio Ferreira.

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