Leilão do Aeroporto de Navegantes foi realizado na Bolsa de Valores, nesta quarta-feira (7) (foto: Markito/Santur).

A Companhia de Participações em Concessões, subsidiária da CCR, que já administra o trecho Sul da BR-101 em Santa Catarina, venceu nesta quarta-feira (7) os leilões dos blocos Central e Sul de aeroportos, realizados na Bolsa de Valores B3, em São Paulo. Foi a sexta rodada de concessões de aeroportos, promovida pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), por meio da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No bloco Sul estão incluídos os aeroportos de Navegantes e Joinville. Para o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, o resultado do leilão é positivo, considerando a experiência da empresa.
 
Cabe destacar que o valor de investimentos previsto para Navegantes, R$ 583 milhões, equivalente a R$ 19,4 milhões por ano ao longo dos 30 anos da concessão, valor significativamente maior do que os investimentos anuais do governo federal em todos os aeroportos catarinenses, que desde 2010 receberam cerca de R$ 2 milhões anuais.  Esta é uma variável importante para destacar os benefícios da concessão em questão, na avaliação da FIESC.

“A inquietação manifestada por várias entidades é  legítima, porém entendemos que a frustração é resultado de erros históricos de gestão relacionados com a destinação dos recursos para integridade das áreas de entorno (desapropriações), ocupações que não foram devidamente estancadas e que comprometeram de sobremaneira a expansão proposta pelo Plano Diretor do Aeroporto, bem como as áreas de aproximação, que hoje estão localizadas em locais de intensa ocupação urbana e de alto custo imobiliário”, avalia Aguiar.

Ainda sobre a gestão, a situação é um reflexo também da falta de atualização do Plano Aeroviário do Estado (última versão da década de 90), cobrado pela FIESC constantemente ao longo dos últimos 15 anos. Reiteramos a necessidade urgente de construirmos um plano aeroviário de consistência técnica, visão de mercado e que possibilite a implantação de uma política de transporte aéreo de passageiros e carga para o estado. Desta forma nos protegeremos de futuras frustrações”, finaliza.

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