“Gestão de cargos e salários não é estático, deve acompanhar as mudanças”. Assim, a administradora, Cristiane Grando, iniciou o curso sobre Planejamento e Gestão de Cargos e Salários, realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado de Santa Catarina (SESCOOP/SC), na última semana. Com mais de 17 anos de experiência na área de Gestão de Pessoas, Cristiane abordou as várias etapas importantes para a estruturação de um plano de cargos e salários. “A primeira impressão que temos quando falamos em plano de cargos e salários é o financeiro, aumento salarial, o que parece confuso, já que não é o objetivo. É preciso desmistificar, pensar no foco, organizar, estruturar e criar regras claras e transparentes”, afirmou.
Outro destaque foi a orientação sobre nomenclaturas de cargos nas empresas que, segundo a profissional, influencia diretamente na produtividade. De acordo com Cristiane, há pesquisas que indicam que as pessoas se dispõem a aceitar mais responsabilidades, quando sentem que seu título de trabalho garante isso. “Descrição de cargos bem elaboradas é uma forma de incentivo às pessoas”, disse.
Sobre gestão de carreira, Cristiane relacionou três diferentes tipos: carreira de linha, que é a mais tradicional; vertical, que vai do presidente ao aprendiz; carreira com estrutura em “Y”, com possibilidade de crescimento por competência, em que não precisa ser chefe para ganhar mais; e carreira com estrutura em “W”, quando há a fusão de gestor com as habilidades técnicas.
Ao concluir, Cristiane classificou o que chamou de Sistemas de Remuneração. Para ela, a remuneração variável traz como vantagens a melhoria na produtividade, incentivo para entrega de bons resultados e incentivo individual e de equipe para realização das funções. Como desvantagem, ela elencou a diferença salarial de mesmos cargos, que tem o risco de o colaborador focar mais em quantidade do que em qualidade de trabalho.
Na remuneração por competência, algumas vantagens são nível de produtividade elevado, remuneração a cada competência adquirida, encorajamento de responsabilidades, entre outros. Já as desvantagens elencadas, são custos financeiros mais altos, conflitos e desigualdades entre profissionais com mais e menos conhecimento. “Para fazer a gestão de cargos e salários é preciso de estrutura definida, organizada e transparente, para evitar problemas”, finalizou.
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