De janeiro a junho deste ano, Santa Catarina registrou a criação de 95,4 mil novos postos de trabalho formais na economia. A indústria foi responsável por quase metade do resultado do período, com 47,1 mil vagas formais de trabalho geradas no período. Para o presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, o desempenho mostra a pujança da indústria catarinense, que tem sido responsável por liderar o desenvolvimento no estado. “O emprego industrial é o verdadeiro motor da economia catarinense, e puxa com ele a geração de postos de trabalho no comércio e em serviços”, explicou. O desempenho levou SC a atingir a terceira posição entre os estados que mais geraram vagas, atrás de São Paulo e Minas Gerais.
Dentro da atividade industrial, a construção teve o maior saldo de empregos, com 11,4 mil novos postos. De acordo com análise do Observatório FIESC, o desempenho do setor foi puxado pela estabilização dos custos de matérias-primas do setor, em conjunto com as condições de concessão de crédito mais favoráveis, que impulsionaram o mercado imobiliário. No ramo de construção de edifícios foram 6,5 mil novos empregos formais. Já no ramo de serviços especializados para construção, como as instalações elétricas e hidráulicas, a geração foi de 3,9 mil novos postos de trabalho.
Na esteira das melhores condições de crédito, o setor de máquinas e equipamentos gerou 2,7 mil vagas de emprego no primeiro semestre do ano, principalmente na fabricação de compressores. Os encadeamentos produtivos desse setor influenciaram a indústria metalmecânica e metalúrgica, com 2,4 mil novas vagas. “Os efeitos defasados da queda dos juros vem estimulando a demanda agregada nacional e, com isso, alguns setores ligados ao transporte de carga e consumo das famílias vêm sendo beneficiados”, explicou Marcelo Albuquerque, economista do Observatório FIESC.
A indústria têxtil, de confecção, couro e calçados ocupou a segunda posição entre os segmentos que mais geraram empregos, com 8,2 mil vagas, seguida pelo setor de alimentos e bebidas, que registrou 5,5 mil novos postos de trabalho. No acumulado do ano até junho, destaque ainda para o setor de produtos químicos e plásticos, que juntos geraram 3,5 mil postos de trabalho no estado.
Resultados de junho
Foram gerados 10,3 mil empregos formais no sexto mês do ano em Santa Catarina, dos quais 3,9 mil na indústria. “O desempenho reflete as condições de crédito favoráveis e consumo das famílias em nível elevado”, afirma Albuquerque.
Outros Setores
O setor de comércio acumula 6,5 mil vagas geradas no primeiro semestre, das quais 1,8 mil no mês de junho. A atividade de serviços gerou 42,3 mil empregos no período, sendo 4,9 mil no sexto mês do ano. O setor de agropecuária apresentou saldo negativos de postos de trabalho no ano, com a extinção de 492 vagas, sendo 297 postos fechados só em junho.