Selecionado pelo Programa MultiLab SC, de fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), o Centro de Aplicações em Manufatura Aditiva, Camad, atuará no desenvolvimento de materiais e técnicas de manufatura aditiva, como impressão 3D, para criar soluções em tecnologias assistivas na área da saúde, visando aumentar a independência de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
O presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, explica que o laboratório trará benefícios diretos à sociedade. Cirurgiões, por exemplo, poderão analisar e se preparar com modelos realísticos de seus pacientes antes dos procedimentos cirúrgicos. “Esse processo envolve desde tomografia, escaneamento, processamento dos dados, até a impressão dos modelos e a avaliação de como esses modelos se adaptam à realidade do paciente. É um campo vasto e diversificado de pesquisa, com foco em demandas da comunidade”, ressalta Fábio.
O Camad foi um dos 50 projetos selecionados no edital 15/2023 do Programa de Estruturação Acadêmica para Laboratórios Multiusuários Dedicados à Pesquisa Avançada, que destinou até R$ 2,5 milhões a cada projeto contemplado. Com um total de mais de R$ 111 milhões investidos pelo governo de Santa Catarina, o programa busca fortalecer a pesquisa em áreas como saúde, engenharia, ciências biológicas e agrárias. Além disso, ele propõe a criação de uma rede de laboratórios interconectados, estimulando o uso compartilhado das instalações e a colaboração entre instituições de ensino superior.
Com uma área de 60 metros quadrados, o Camad reúne diversas áreas do conhecimento, incluindo Engenharia Mecânica, Mecatrônica, Design de Produtos e Saúde, focando no desenvolvimento de tecnologias voltadas para a inclusão e acessibilidade.
Por parte dos estudantes, a primeira visita já proporcionou grandes expectativas. “Este laboratório nos proporciona a oportunidade de colocar em prática o que aprendemos em sala de aula, transformando nossas ideias em realidade e aplicando-as de forma concreta”, finalizou o bolsista do projeto, Guilherme Silva Carvalho.
