Área urbanizada de Florianópolis próximo à Lagoa da Conceição.

Apesar do crescimento, Florianópolis apresenta a menor taxa de urbanização entre as capitais do Sul do Brasil: 25% é ocupado por área urbana. Porto Alegre tem 36,3% e Curitiba 71,6% de ocupação urbana. Os dados fazem parte de estudos orientados pelo pesquisador Kleber Trabaquini, da Epagri/Ciram e foram extraídos do Projeto Mapbiomas, que fornece informações de cobertura do solo em todo o país desde 1985, a partir de processamento de imagens orbitais dos satélites americanos Landsat-5 e Landsat-8.

Na capital catarinense, a expansão urbana avançou principalmente sobre áreas de agropecuária, atingindo com menos intensidade as áreas de florestas (mata nativa e mangue). Segundo o pesquisador, o fato das áreas de agropecuária estarem concentradas em regiões planas, facilita a expansão da urbanização.

Os dados de satélite auxiliam no diagnóstico de como se encontra e como está sendo ocupado o solo. A partir dessa análise, pode ser feito um planejamento mais detalhado das ocupações, bem como auxiliar no plano diretor do município. “Isso é altamente positivo para o município, já que se pode, através destes dados, priorizar áreas de proteção, bem como evitar o avanço desordenado da mancha urbana sobre florestas, mangues, restinga, entre outras áreas de conservação”, aponta Kleber.

Considerada uma cidade de médio porte, Florianópolis possui uma população estimada de 508.526 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A capital catarinense tem uma área de 450 km², sendo 97% dela na parte insular e o restante no continente. Em 30 anos a população de Florianópolis mais que dobrou, passando de 236 mil em 1989, para aproximadamente 500 mil habitantes em 2019.

Expansão urbana de alguns bairros de Florianópolis. Fonte: USGS – Landsat.

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