O girassol é plantado apenas na bordadura do cultivo principal, atraindo os insetos para que se alimentem das folhas e das inflorescências e não migrem para o interior da lavoura.

De acordo com a Estação Experimental da Epagri em Caçador (EECD), o uso do girassol como planta armadilha de insetos pode diminuir em até 30% as aplicações para o controle de praga na cultura do tomateiro, demandando menos intervenção química na lavoura.

“A coloração amarela provoca no inseto o instinto pela busca de alimentos, pois há uma forte relação entre essa cor e a presença de grãos de pólen no centro das flores, onde o néctar está localizado. Dessa forma, o girassol pode ser usado no monitoramento e no controle de insetos-praga em diferentes tipos de cultivos, cujas pragas principais são atraídas pela cor amarela”, explica Janaína Pereira dos Santos, pesquisadora da Estação Experimental da Epagri em Caçador (EECD).

Os agricultores Valmir e Fabiano Susin, de Caçador, aderiram ao Sistema de Produção Integrada do Tomate (Sispit) em 2007 e seguem à risca as recomendações da Epagri. “O girassol é excelente para atrair a vaquinha-verde. O seu uso permitiu a redução de até cinco aplicações na lavoura do tomate”, afirma Valmir, que cultiva seis mil pés do fruto em meio hectare da propriedade, mantida em sociedade com o irmão.

A EECD recomenda essa técnica desde 2004 para se somar a outras já usadas no Manejo Integrado de Pragas (MIP) objetivando um cultivo mais sustentável. Mais informações estão disponíveis no site da Epagri.

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