Pesquisa revela ainda que o brasileiro está disposto a se imunizar: 76% dos entrevistados afirmam que tomariam a vacina este ano.

A Edelman Brasil acaba de lançar a 21ª edição do estudo global Edelman Trust Barometer, que tradicionalmente mede a confiança das pessoas nas instituições Governo, Empresas, Mídia e ONGs. Este ano também se aprofunda nos impactos da pandemia e da infodemia na confiança das pessoas e na vacinação. 

Essa edição mostra que, das instituições pesquisadas, as Empresas são as mais confiáveis globalmente e no Brasil. No país, as Empresas (61%) estão à frente das ONGs (56%), da Mídia (48%) e do Governo (39%) e são as únicas consideradas confiáveis. As ONGs, que perderam três pontos em relação ao ano passado, encontram-se no patamar da neutralidade, enquanto Mídia, mesmo com aumento de 4 pontos, e Governo, com aumento de 2 pontos, seguem no nível da desconfiança. Além disso, as Empresas são as únicas consideradas competentes e éticas ao mesmo tempo pelos brasileiros.

“Nos últimos meses, o setor privado elevou sua credibilidade com a proatividade na luta contra a pandemia e com a descoberta de novos jeitos de trabalhar”, ressalta Ana Julião, gerente geral da Edelman Brasil. Lançada anualmente pela agência global de comunicação Edelman, a pesquisa ouviu mais de 33 mil entrevistados em 28 países (1.150 no Brasil), com trabalho de campo realizado entre 19 de outubro e 18 de novembro de 2020.

Medos e Vacinação – Ainda de acordo com a pesquisa, a pandemia contribuiu para o medo das pessoas, mas pegar Covid-19 (72%) não é a maior preocupação. Uma porcentagem ainda maior está preocupada em perder o emprego (88%) e com a perda de liberdade civis (73%). Ainda assim, o receio de contrair o vírus é o principal motivo para que as pessoas não voltem ao trabalho. Para os 52% dos brasileiros que estão optando por trabalhar em casa, 72% estão fazendo isso pelo receio de contrair a doença no local ou no transporte público. E, talvez por razões como essa, o brasileiro só perde para o indiano quando o assunto é querer se vacinar. Setenta e seis por cento dos entrevistados no país afirmam que se imunizariam em 2021, e destes, 48% pretendem fazer isso assim que for possível. Globalmente, esse último número cai para 33%.

Informação em Xeque – Nesse contexto, a infodemia que assola as sociedades surge como impulsionadora da desconfiança. No Brasil, menos de um terço das pessoas praticam “informação limpa”. De acordo com a pesquisa, para praticar informação limpa, é preciso atender a pelo menos três desses quatro critérios: consumir notícias de diferentes fontes, evitar as bolhas, checar informações e não compartilhar sem antes verificar.

Quando as pessoas não sabem no que acreditar, elas ficam em dúvida sobre em quem acreditar e isso impacta na confiança tanto das instituições quanto de seus líderes e porta- vozes. Não à toa a credibilidade nesses indivíduos tem diminuído no mundo e no Brasil. No país, não se confia que as autoridades de governo (27%, queda de 6 pontos), nas autoridades religiosas (36%, queda de 6 pontos), nos jornalistas (45%, queda de 6 pontos) e nos CEOs das empresas em geral (45%, queda de 11 pontos) possam fazer o que é certo.

A boa notícia é que, nesta era de desinformação, “expandir conhecimentos” sobre informações e mídia (68+) e sobre ciência (65+) se tornou mais importante para os brasileiros no último ano, só perdendo para “priorizar minha família e suas necessidades” (70+) na lista de preferências. Além disso, encontrar “formas de combater notícias falsas” cresceu 70 pontos em importância para o brasileiro só neste último ano.

Para acessar o estudo completo, clique AQUI.

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