Emirados Árabes, plataforma para acessar outros mercados

Florianópolis, 16.11.2021

Presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, durante apresentação das oportunidades de negócios entre Brasil e Emirados Árabes (Foto: Elmer Magalhães/CNI).

Em missão aos Emirados Árabes, o presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, afirmou que o país é uma porta de entrada para acessar outros mercados da região, além da Ásia e da Europa. Ele apresentou à delegação brasileira, formada por 320 empresários, as oportunidades de ampliação do comércio bilateral, e destacou estudo da Apex-Brasil que mapeou cerca de 450 produtos em que o Brasil pode incrementar as relações comerciais. Entre eles, destacam-se itens de moda, higiene pessoal e cosméticos, bebidas e alimentos. Aguiar e o 1° vice-presidente da Federação, Gilberto Seleme, integram a missão, promovida pela CNI e Apex-Brasil, que iniciou a agenda oficial neste sábado, dia 13. Também participaram do encontro a vice-governadora de SC, Daniela Reinehr, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

“Os Emirados são um importante hub logístico. Estão próximos do eixo China-Ásia e do crescente e sofisticado mercado, que é o Europeu. A partir dos Emirados, com oito horas de voo, se consegue atingir dois terços da população mundial. Essa localização é estratégica e é um diferencial, afirmou o presidente da FIESC.

Em sua apresentação, ele também informou que os Emirados integram a Área de Livre Comércio Árabe Ampliada (Gafta, na sigla em inglês) – um acordo ratificado por 18 países da região. “Temos condições de incrementar o comércio e atender a esse grupo”, disse, lembrando que boa parte dos produtos importados pelos Emirados vão para os países que compõem o Gafta. Como exemplo, Aguiar citou confecção e artigos de vestuário – 76% das importações vão para outros integrantes do bloco. “Os Emirados Árabes têm 12 portos, as barreiras alfandegárias são as mínimas possíveis. Então, é uma porta de entrada favorável”, declarou.

O Brasil tem um saldo positivo na balança comercial com o país árabe, mas o comércio está concentrado em produtos como carne de aves, carne bovina e açúcar. “O Brasil é o 23° maior fornecedor do mundo árabe. Temos diversidade produtiva, mas precisamos identificar os desafios e vencê-los para aumentar nossas exportações para esse país que tem uma carteira de comércio acentuada”, afirmou.

A comitiva vai participar da Expo Dubai, que estava programada para ocorrer em 2020, mas foi adiada devido à pandemia. O evento, que se iniciou em 1º de outubro de 2021 e vai até o dia 31 de março de 2022, abriga mais de 200 pavilhões de 192 países, e, nesta edição, traz os eixos temáticos: Mobilidade, Sustentabilidade e Oportunidade. O pavilhão do Brasil está localizado no Distrito da Sustentabilidade e mostra a diversidade de fauna e da flora, a multiplicidade étnica, criativa e cultural do povo brasileiro.

A exposição também promove novos negócios, diversificação de mercados e a atração de investimentos. A delegação brasileira cumprirá uma agenda técnica para conhecer as formas de atuação nos Emirados Árabes, seja exportando, importando, fazendo investimentos ou buscando parceiros para projetos. Além disso, os empresários terão a oportunidade de participar de encontros com companhias árabes e realizar visitas técnicas a centros de referência.

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