Criada pela ENGIE Brasil Energia com o objetivo de promover a conscientização no combate à violência doméstica contra a mulher, a Jornada Agosto Lilás teve um alcance ainda maior neste ano. Ao longo do mês, além de Santa Catarina, foram promovidas ações também nos estados de Alagoas e Ceará, mobilizando cerca de 2 mil pessoas, entre colaboradores da ENGIE e de empresas parcerias.
Neste ano, a programação entre os dias 26 e 30 de agosto contou com sete palestras realizadas pelo Instituto Maria da Penha em Biguaçu, Navegantes, São José e Florianópolis, em Santa Catarina; Marechal Deodoro, em Alagoas; e Trairi, no Ceará, onde será realizado o encerramento da jornada no recém-inaugurado Centro de Cultura e Sustentabilidade.
No dia 29, na sede da ENGIE em Florianópolis, foi promovida uma palestra com Maria da Penha, fundadora do instituto que leva seu nome. O caso Maria da Penha, que em 1983 foi vítima de dupla tentativa de feminicídio, é representativo da violência doméstica à qual milhares de mulheres são submetidas em todo o Brasil.
“A minha história se resume em muitos anos de luta. Faz 40 anos que fui vítima de violência doméstica. Foram quase 20 anos de luta por justiça, para que meu agressor fosse preso. Não se falava em violência doméstica na época. Eu não sabia o que fazer. Fui procurada pelos movimentos de mulheres da minha cidade. Por isso esse trabalho de levar informação é tão importante”, contou Maria da Penha.
A luta de Maria da Penha também está relatada no livro “Sobrevivi… Posso contar”. Em 2006, foi sancionada a Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. E em 2009, foi criado o Instituto Maria da Penha, que tem o papel de estimular e contribuir para a aplicação integral da lei, bem como monitorar a implementação e o desenvolvimento das melhores práticas e políticas públicas para o seu cumprimento, promovendo a construção de uma sociedade sem violência doméstica e familiar contra a mulher.
Na palestra, Maria da Penha reforçou também a importância de investimentos em educação para enfrentamento à violência doméstica. “É importante capacitarmos professores para identificar e lidar com crianças que convivem com violência em casa. A Lei Maria da Penha não é só punitiva, mas também preventiva. E é preciso educar para prevenir, o trabalho na base, nas escolas, é fundamental”, acrescentou.
Jornada Agosto Lilás
A Jornada Agosto Lilás é resultado de um trabalho em conjunto da ENGIE com Instituto Maria da Penha e empresas que integram o Parcerias do Bem, via o programa Mulheres do Nosso Bairro, criado pela companhia para apoiar o empreendedorismo feminino. Dentro do eixo “Nossa Integridade”, o programa contempla iniciativas para orientações sobre mecanismos de apoio às mulheres vítimas de violência, como forma de conscientização. A ação teve início em 2020 diante da alta nos casos de violência doméstica no país em função do isolamento necessário no enfrentamento da pandemia de COVID-19.
“Os desafios para as mulheres são muitos e complexos. Preservar a integridade física de cada uma é a premissa básica para que possamos atuar em tantas outras frentes necessárias, como a geração de renda e a busca pela equidade de gênero no mercado de trabalho. Esses momentos promovidos durante o Agosto Lilás são fundamentais para fortalecer e ampliar o comprometimento de cada vez mais agentes envolvidos na causa”, afirma a Diretora de Pessoas, Processos e Sustentabilidade da ENGIE Brasil Energia, Luciana Nabarrete.
A edição deste ano contou com a parceria das empresas TAG, Jirau Energia, Grupo Baía Sul, Portonave, Portobello, Pointer, Tigre, Instituto Algar, DVA, Koerich, Duas Rodas, Fort Atacadista, Goedert Group, Habitasul, Grupo Malwee, Grupo Krona, Porto Itapoá, Voltalia, Consulado da Mulher, Sebrae Delas, Renault Group, CESTE – Consórcio Estreito Energia e Multilog.