Após R$ 4 milhões em investimentos, ENGIE apresenta resultados de PD&I sobre mudanças climáticas

03.10.2024.

Edital contemplou oito propostas de empresas, universidades parceiras e startups, com a conclusão de estudos que aumentam a eficiência da previsão climática de longo prazo. Foto: Divulgação

Com o objetivo de promover estudos sobre impactos das mudanças do clima e do uso da terra no Setor Elétrico Brasileiro, a ENGIE Brasil Energia investiu R$ 4 milhões ao longo dos últimos dois anos no financiamento de oito projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), executados no âmbito do Programa de PD&I da ANEEL. Os resultados, que incluem o aprimoramento de previsões climáticas de longo prazo, foram apresentados oficialmente em evento na sede da Companhia, em Florianópolis, no dia 2 de outubro.

A chamada pública visou identificar oscilações climáticas no passado e presente na América do Sul, determinar a evolução do clima regional, quantificar fontes de umidade para macrobacias hidrográficas brasileiras e aplicar essas informações no planejamento do setor energético. Além disso, buscou implementar ferramentas operacionais para atualizar projeções climáticas até 2060. As linhas de pesquisa incluíram paleoclimatologia, mudanças futuras nos padrões atmosféricos e oceânicos, quantificação de fontes de umidade e modelagem climática regional.

“A apresentação dos resultados complementar com o nome do P&DI Mudanças Climáticas foi um espaço oportuno para a troca de conhecimento. Todo o trabalho realizado gerou informações estratégicas muito relevantes para o setor elétrico e para a sociedade como um todo. Os resultados serão devidamente compartilhados, ampliando o público beneficiado pelas pesquisas. Ao investir nessas iniciativas, nossa missão como uma das empresas protagonistas do setor de energia é contribuir para a garantia da sustentabilidade das fontes de energia renováveis no Brasil”, afirma o Diretor-Presidente da ENGIE Brasil Energia, Eduardo Sattamini.

“A inovação é um dos pilares da ENGIE. E, com esse edital, conseguimos trabalhar a inovação de forma estratégica para a empresa e contribuir de forma positiva para aprimorar diferentes pesquisas que atuam no enfrentamento das mudanças climáticas”, acrescenta o Diretor de Regulação e Mercado da EBE, Marcos Keller.

Um dos estudos, por exemplo, liderado pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), de Minas Gerais, apresenta que, nas próximas décadas, haverá um aumento da precipitação de chuvas no verão na maior parte do Brasil, intensificando-se após 2060. No outono, projeta-se um aumento de até 20% a partir de 2080 em algumas regiões brasileiras, enquanto no inverno e primavera, espera-se uma redução de precipitação em várias áreas do país. Outro aspecto levantado, as projeções climáticas de vento e densidade de potência eólica indicam que regiões tradicionalmente favoráveis à geração de energia eólica, como o Nordeste do Brasil, continuarão promissoras até o fim do século. 

No total, foram recebidas 53 propostas de todas as regiões do país, com ampla diversidade entre as equipes. Destas, oito conseguiram ser contempladas, com início em janeiro de 2022 e finalização em agosto de 2024. Foram mobilizados cerca de 27 profissionais ao longo do período de estudos, entre colaboradores das empresas e universidades parceiras, bem como colaboradores da própria ENGIE. Representantes das oito executoras estiveram no encontro em Florianópolis agora em outubro.

“Os impactos das mudanças climáticas estão cada vez mais presentes no dia a dia da nossa sociedade. Com o suporte da inovação e a tecnologia, trabalhamos para melhorar as previsões e encontrar soluções para problemas futuros”, acrescenta o Gerente de Performance e Inovação da ENGIE Brasil Energia, Felipe Rejes de Simoni.

Nesta rodada, puderam se inscrever pesquisadores e profissionais vinculados a Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), incluindo universidades, além de startups e empresas especializadas, ampliando e fortalecendo a relação entre academia, comunidade cientifica e iniciativa privada. A originalidade e o ineditismo dos projetos estavam entre os critérios de seleção. Como resultado do PD&I, a ENGIE passa a contar com uma sólida base de dados que permitem estabelecer novos estudos internos para enfrentamento dos desafios que as mudanças climáticas colocam para o crescimento sustentável da geração de energia renovável.

As instituições contempladas foram MeteoIA, TempoOK , Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), de Minas Gerais, contemplada com dois projetos.

Todos os estudos contribuem, ainda, para ampliar o embasamento para o processo de transição energética rumo a uma sociedade mais sustentável e justa para todos, foco da ENGIE Brasil Energia, que hoje é a empresa líder em energia renováveis no país e segue investindo fortemente na expansão do setor.

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