A indústria e o setor de defesa

Florianópolis, 17.06.2021

Reunião tratou da integração entre a FIESC e o setor de Defesa (foto: Ivonei Fazzioni)

A produção para o setor de defesa pode contribuir para ampliar participação da indústria na composição do Produto Interno Bruto; encontro tratou de oportunidades para o incremento das vendas de produtos catarinenses ao Ministério da Defesa, que nos últimos três anos totalizaram R$ 1,37 bilhões, o correspondente a 1% do total nacional vendido ao ministério.

Em reunião com representantes do Ministério da Defesa, a Federação das Indústrias de Santa Catarina defendeu um esforço amplo, envolvendo o setor fabril e o governo para um processo de fortalecimento da participação da indústria na composição do Produto Interno Bruto. “É fundamental trabalharmos para a reindustrialização; a pandemia nos mostrou que o mundo tem excessiva dependência da indústria de alguns países asiáticos, como a China”, destacou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. O entendimento é de que a ampliação das vendas ao setor de Defesa, que tem rigorosas exigências em termos de inovação, qualidade, prazos e competitividade, contribua para elevar a participação da indústria no PIB, que em Santa Catarina está na faixa de 26,7%.

A reunião contou com a participação dos diretores do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação, General de Divisão Luís Antônio Duizit Brito; e do Departamento de Promoção Comercial do Ministério, Brigadeiro do Ar José Ricardo de Meneses Rocha, entre outros representantes do Ministério da Defesa. O evento foi promovido pelo Comitê da Indústria da Defesa da FIESC, responsável pela promoção de negócios entre o setor industrial e o setor de Defesa.

“Somos um estado com uma indústria de transformação competitiva, bastante  diversificada e distribuída e que pode absorver parte da produção hoje concentrada na Ásia”, acrescentou Aguiar. Ele ainda expôs as deficiências da infraestrutura, que dificultam o desenvolvimento industrial de Santa Catarina. 

O general Brito defendeu a inovação e a industrialização como formas de manter a competitividade. “É preciso inovar para se manter exportando e é preciso exportar para se manter inovando; não se consegue manter mercados sem inovação”, afirmou o militar.

O Comdefesa tem o propósito de promover a integração da indústria com o setor de defesa. Nos últimos três anos, o parque fabril catarinense vendeu ao Ministério da Defesa  R$ 1,37 bilhão, o que corresponde a cerca de 1% do total de vendas nacionais ao ministério. O comitê é presidido pelo empresário Cesar Olsen.

Os participantes da reunião discutiram outras formas de integração entre os setores industrial catarinense e de defesa, incluindo a 2ª edição da Expodefense – Feira de Produtos de Defesa, que será promovida pela FIESC em parceria com a Base Aérea de Florianópolis, em 2 e 3 de setembro. 

A comitiva do Ministério de Defesa presente na reunião foi composta também pelo Capitão de Mar e Guerra Leonardo José Trindade de Gusmão; pelo Tenente-Coronel Jorge Alberto Valle da Silva, do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação, e pelo Major Farmacêutico Luiz Eduardo de Azevedo Ramos da Silva, do Departamento de Saúde e Assistência Social do Ministério.

_________________________________

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui